Bom dia, vou fazer alguns comentários sobre seu texto, pois ele levanta pontos importantes.

Sobre a introdução, achar que as coisas são criadas sem motivo é uma linha de pensamento bem complicada. Entendo sua aversão a tantos padrões, mas eles existem por um motivo que vai além de simplesmente cagar regra, pode ter certeza disso. Mas, sim, as pessoas dão mais valor ao status dos textos que leem do que à realidade em si. A questão aqui é apenas o conflito entre teoria e prática.

Comentários primeiro ponto.

"Quem ou o que instituiu o que é ser assustador?"
Resposta rápida: SEUS RESULTADOS. As pessoas percebem sua existência pelas suas ações e aparência. Se você realmente sabe o que está fazendo, as pessoas esperam que você obtenha resultados. Se não der resultados, tudo o que sobra são suas palavras. E vamos ser realistas, ninguém acredita em ninguém. Sobre a aparência, é uma realidade triste, mas há pessoas que se dão bem apenas porque parecem ser boas, mas não têm a mínima ideia do que estão fazendo. Lide com isso. Você pode tentar ir contra o jogo (nossa natureza), mas boa sorte, ele é melhor e mais forte que você. Sem contar que, pelo seu texto, você também julga as pessoas pela aparência. São outros critérios, mas isso não muda o fato de que você é humano e também faz isso naturalmente.

"O que é ser um monstro de verdade?" ou "O que é ser um programador de verdade?"
Novamente, ser um programador de verdade é dar resultados de um programador de verdade. Mas fica o questionamento: "Quem define o que são os resultados que um programador de verdade deve ter?" Um questionamento válido, mas como sempre vou ser bem pé no chão. O que define isso é sua vaga. Quando você foi contratado, a empresa deve ter deixado bem claro o que espera de você. Isso é um dos fatores que vão determinar o que é ser um programador para eles. Outro fator é a média, o que os outros programadores dessa empresa entregam de resultados? Se você estiver abaixo disso, está fora. Se manter a média, fica. Se superar, é reconhecido. Claro, existem exceções, mas se sua empresa é ruim, não tem muito o que fazer.

Comentários segundo ponto.

Vou começar pela frase “O sujeito neoliberal é aquele que está constantemente em luta com o seu eu imaginário”. Acho que ela está incompleta. A frase verdadeira é “O sujeito ideológico é aquele que está constantemente em luta com o seu eu imaginário”. Nosso imaginário nada mais é do que uma construção da nossa memória, que é um conjunto de informações coletadas pelos nossos sentidos. Ou seja, para mim, o sujeito ideológico, por ter uma falta de personalidade e pouco contato com estudo e diferentes ideias, fica em constante luta consigo mesmo, afinal, tudo o que ele tem são ideias imputadas em sua mente mal treinada. Ele briga com essa suposta realidade em vez de viver no mundo real, como vai dizer Platão que o verdadeiro filósofo é aquele que sai da caverna.

Discordo do seu ponto que o trabalho não é um local de desenvolvimento pessoal. Acho o trabalho essencial para as virtudes, pois, como deixou bem claro filósofos como Kant (não gosto de filosofia moderna, mas vou usar ele como exemplo, pois nisso ele acertou), ele diz que você é livre quando faz aquilo que não quer. Pois se só faz aquilo que quer, é escravo de suas próprias vontades. Fazer o que você não quer é a maior prova de liberdade. Se doar para o outro é um bem desejável e verdadeiro amor, e devemos seguir essa filosofia de vida (Estou falando do amor que Jesus ensinou, nunca achei que ia usar Jesus e Kant no mesmo parágrafo kkkk).

Pare de lutar contra um suposto sistema que é infinitamente maior do que você e viva sua vida. Só para dar uma pitada da minha opinião política, também discordo que vivemos unicamente em uma perspectiva neoliberal.

Comentários terceiro ponto.

Não tenho discordâncias aqui, mas só deixar bem claro que nem todo mundo é assim (em busca pelo lucro loucamente). Muitas pessoas parecem ser assim porque estão contaminadas pelo consumismo, mas isso nada mais é do que estar perdido na busca pela felicidade.

Se me permite recomendar algo para vc leia abaixo

Siga filósofos bem pé no chão. Estou falando dos três mosqueteiros, o trio maravilhoso: Sócrates, Platão e o meu favorito, Aristóteles. Tenha cuidado com o que você consome e viva buscando seus objetivos. Também recomendaria um propósito maior que todos nós, mas não vou entrar em religião para evitar conflitos.

Desejo boa sorte na sua jornada!