Quanto tempo você demora para identificar um bug em produção?
Se a resposta for "só quando um cliente reporta", talvez seja hora de repensar a forma como você e seu time lidam com erros no sistema. Isso foi algo que me fez refletir após assistir a uma palestra na Dev Paraná, em Pato Branco.
Trabalho em uma equipe pequena, com apenas quatro pessoas, e, apesar de termos liberdade para organizar nosso fluxo, a maioria dos bugs chega até nós por meio dos clientes. E, convenhamos, depender do usuário para encontrar problemas no sistema não é a melhor estratégia.
Monitoramento e Proatividade
Em vez de esperar um chamado, por que não nos antecipamos? Criar um sistema de logs bem estruturado e implementar ferramentas de monitoramento podem ser soluções eficientes. Dessa forma, conseguimos identificar e corrigir erros antes mesmo que eles impactem o cliente, tornando nosso processo mais ágil e confiável.
Não precisa ser nada ultra complexo. Começar com logs bem organizados, capturando erros críticos e alertando a equipe automaticamente, já é um grande avanço. Ferramentas como Sentry, New Relic ou mesmo um bom setup de logs no servidor ajudam bastante.
Pequena equipe, grandes desafios
Times enxutos têm uma rotina acelerada, e isso pode dificultar a adoção de novas práticas. No nosso caso, sempre tentamos adotar metodologias ágeis, mas acabamos sendo constantemente interrompidos para suporte, o que atrapalha o planejamento.
Mesmo assim, acredito que pequenos ajustes podem fazer a diferença. Definir momentos específicos para suporte e planejamento, por exemplo, ajuda a evitar que o time fique o tempo todo "apagando incêndios" sem conseguir melhorar os processos. Pequenas mudanças organizacionais podem tornar o dia a dia menos caótico.
Como equilibrar demandas urgentes com prevenção?
A grande questão é como investir tempo em processos que evitam problemas futuros quando o presente já está cheio de demandas. Algumas ideias:
Criar janelas de suporte, para que nem todo mundo seja interrompido o tempo todo.
Definir momentos específicos para revisão de código e melhoria do sistema.
Automatizar o máximo possível, seja em testes, seja em monitoramento.
Priorizar correções que evitam problemas recorrentes.
Esses pequenos ajustes já fazem com que o tempo gasto com bugs diminua no futuro.
Pensando no futuro
Melhorar o monitoramento e a gestão da equipe não serve apenas para reduzir a dor de cabeça com bugs. Isso também fortalece o conhecimento da equipe sobre o sistema, melhora a gestão de tempo e cria uma cultura de responsabilidade compartilhada. No fim das contas, todo mundo ganha: o time, os clientes e a empresa.
E no seu time, como funciona a identificação de bugs? Vale a pena repensar algumas estratégias para melhorar esse processo?