Dia 2: Definindo o Público-Alvo - Quem Iremos Impactar?
Hoje, o foco foi em definir com precisão o público-alvo do nosso SaaS. Para garantir o sucesso do projeto, é crucial entender as necessidades e desafios de cada segmento que pretendemos alcançar.
Público-Alvo:
1. Aeroportos (Operadores e Administradores)
- Perfil:
- Tipos: Aeroportos comerciais (hubs internacionais, regionais e low-cost).
- Cargos: Diretores de operações, gerentes de TI, supervisores de solo.
- Necessidades:
- Redução de custos operacionais (otimização de turnos, combustível, alocação de portões).
- Integração de sistemas legados (bagagem, check-in, controle de tráfego aéreo).
- Conformidade com regulamentações (ICAO, FAA, ANAC).
- Dados Relevantes:
- 75% dos aeroportos com menos de 10 milhões de passageiros/ano não possuem sistemas integrados (ACI, 2023).
- 60% do orçamento de TI em aeroportos é gasto com manutenção de sistemas obsoletos (SITA, 2024).
- Exemplos Práticos:
- Aeroporto Regional (ex: Reno-Tahoe, EUA): Necessita de SaaS escalável para gestão de equipes e portões com baixo custo de capital (Capex).
- Hub Internacional (ex: Guarulhos, Brasil): Requer módulos avançados de IA para prever congestionamentos.
2. Companhias Aéreas (Gestão em Solo)
- Perfil:
- Tipos: Companhias full-service (ex: LATAM, Emirates) e low-cost (ex: Ryanair, Azul).
- Cargos: Gerentes de operações em aeroportos, coordenadores de solo.
- Necessidades:
- Visibilidade em tempo real de recursos compartilhados (balcões de check-in, esteiras de bagagem).
- Previsão de atrasos e otimização de conexões.
- Relatórios automatizados para reduzir atritos com operadores aeroportuários.
- Dados Relevantes:
- 40% dos atrasos são causados por falhas na coordenação entre aeroportos e companhias (OAG, 2023).
- Ryanair economizou €50M/ano com software de alocação dinâmica de portões (Case Study, 2022).
- Exemplo Prático:
- Azul Linhas Aéreas: Necessidade de integrar dados de voos domésticos e fretamentos em aeroportos secundários.
3. Prestadores de Serviços Aeroportuários (Terceirizados)
- Perfil:
- Tipos: Empresas de handling (ex: Swissport, Menzies), segurança (ex: Prosegur), limpeza.
- Cargos: Gerentes de contrato, supervisores de equipe.
- Necessidades:
- Gestão de equipes distribuídas (limpeza entre voos com janelas apertadas).
- Conformidade com SLAs (tempo máximo de descarga de bagagens).
- Interface móvel para operações em pista.
- Dados Relevantes:
- Empresas de handling gastam 20% do faturamento com multas por descumprimento de SLA (IATA, 2024).
- 80% ainda usam planilhas para escalas de pessoal (Aviation Pros, 2023).
- Exemplo Prático:
- Swissport no Aeroporto de Lisboa: Demandou sistema para rastrear equipamentos de solo (ex: ULDs) em tempo real.
Priorização por Segmento (ROI e Potencial de Mercado)
- Aeroportos Regionais:
- TAM (Total Addressable Market): $1.8B (4.500 aeroportos globais).
- Dificuldade de Venda: Média (ciclo de venda 6-12 meses).
- Potencial de Upsell: Alto (módulos adicionais).
- Companhias Aéreas:
- TAM: $1.2B (top-200 companhias).
- Dificuldade de Venda: Alta (concorrência com SITA).
- Potencial de Upsell: Médio (integração com programas de fidelidade).
- Prestadores de Serviços:
- TAM: $900M (top-50 empresas globais).
- Dificuldade de Venda: Baixa (decisão ágil).
- Potencial de Upsell: Baixo (solução vertical).
Estratégia Recomendada:
- Foco Inicial em Aeroportos Regionais: Menos burocracia e demanda por SaaS acessível.
- Parcerias com Handlers: Porta de entrada para aeroportos maiores (ex: Swissport opera em 315 aeroportos).
- Pilotos com Companhias Aéreas Low-Cost: Menos complexidade que full-service (ex: Gol Linhas Aéreas).
Com essa definição clara do público-alvo, podemos direcionar nossos esforços de desenvolvimento e marketing de forma mais eficaz. Acompanhem os próximos posts para ver como essas informações moldarão as funcionalidades do nosso SaaS!