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Por que todos te mandam aprender inglês?

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Se você quer se tornar programador, pode ter ouvido falar que precisa aprender inglês. Mas por que inglês e não, sei lá, alemão? Por que inglês é tão especial? Você deve ter ouvido que ele é falado no mundo todo e que ele pode te ajudar a ganhar mais dinheiro, mas existem outras vantagens em aprender outro idioma, mesmo que não seja o inglês.

Em primeiro lugar, saber um idioma não é tudo ou nada. Existem muitos níveis intermediários para diferentes habilidades, como ler, escrever, ouvir e falar e você não precisa ser fluente para ter benefícios. Então, não esquenta a cabeça se você não se considera um expert em línguas.

A principal vantagem de saber outro idioma é aumentar, e muito, o conteúdo ao qual você tem acesso. E não apenas conteúdo técnico, mas também entretenimento e cultura em geral. Por isso, na minha humilde opinião, ler e ouvir são mais importantes do que falar ou escrever. Desta forma você desbloqueia uma quantidade imensa de informação que antes não era acessível. Só pensa quantos artigos, livros, filmes, séries, documentários, tanto de conteúdo técnico quanto de entretenimento, não estão disponíveis em português.

Por exemplo. Eu queria aprender Elm, que é uma linguagem de programação funcional. Até existe conteúdo sobre Elm em português se você pesquisar, mas um dos melhores livros sobre ela, Elm in Action, só existe em inglês por enquanto. Pelo menos eu procurei antes de escrever isto e não achei versão traduzida.

Agora, dependendo do que você quer aprender, o inglês talvez não seja melhor opção. Por exemplo, se você quiser se especializar em história da China, pode ser uma boa ideia aprender mandarim para poder ler textos originais, ou entender melhor o contexto linguístico que é muito importante.

Claro que eu não sei bulhufas sobre história da China. Eu só tentei exemplificar que as vezes o conteúdo que você precisa pode não estar disponível mesmo em inglês, por algum motivo. Depende do seu objeto de estudo. Nesse sentido as vantagens de saber uma segunda língua claramente não se aplicam apenas ao inglês.

Mas se você estiver interessado em ciência da computação e programação - imagino que seja o seu caso já que está aqui - o inglês é o caminho a seguir. Afinal de contas a ciência da computação e os computadores foram desenvolvidos principalmente em um contexto de língua inglesa. É por isso que as linguagens de programação têm palavras-chave como if, else, while, for e por aí vai.

Uma das fontes mais importantes de informação na nossa área são as documentações das tecnologias que estamos usando. Se você quer aprender Rust, Go, GraphQL, qualquer coisa, é sempre bom ir ao site oficial dessa tecnologia e buscar os tutoriais e documentações que estão lá, quase sempre apenas em inglês, com exceção de coisas muito populares como React.

Minha humilde conclusão: se você quiser aprender mais e mais rápido sobre computação, você não precisa, mas é extremamente conveniente saber inglês.

Inclusive há muito conteúdo feito por falantes não nativos. Muitas vezes eu assisti video tutoriais de indianos, por exemplo. Outras vezes de brasileiros produzindo conteúdo em inglês pra alcançar mais pessoas.

Resumindo: o inglês é especial principalmente na área de programação porque pode acelerar seu aprendizado e te dar acesso aos melhores conteúdos. Além disso você também se beneficia de saber uma língua amplamente falada, por mais que esse benefício não seja apenas do inglês.

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Falando especificamente da área de tecnologia/programação: saber inglês é importantíssimo e vai te ajudar muito.

A maioria do material disponível (documentação oficial, livros, tutoriais, etc) sai primeiro em inglês. Claro que tem muita porcaria, mas a esmagadora maioria do material de qualidade está em inglês. Apenas uma minoria é traduzida para o português, e mesmo assim costuma demorar, e muitas vezes a tradução não é boa (e já vi casos de, além de não traduzir direito, ainda introduzir erros grosseiros que não tinha na versão em inglês).

Claro que hoje em dia tem bastante conteúdo original em português, mas comparado à quantidade que existe em inglês, é muito pouco.