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A Arte da Entrega: Reflexões de "O Grande Truque'"

Começo esse texto falando de um dos top 3 filmes da minha vida, enquanto ouço uma música chamada “Da Entrega” do Teatro Mágico, uma banda de nicho (rs). O filme em questão é do diretor Christopher Nolan, (Há quem adore e há quem o odeie. Gostaria de dizer que faço parte do primeiro grupo). O filme “The Prestige”, traduzido no Brasil como “O Grande Truque” (Algumas pessoas argumentam que os títulos de filmes traduzidos no Brasil trazem com sigo um spoiler rs, mais isso é uma outra conversa). O longa-metragem conta a história de dois mágicos iniciantes tentando chegar no topo de suas carreiras. Ou segundo a Wikipedia: “A história segue Robert Angier e Alfred Borden, mágicos rivais de Londres no final do século 19. Obcecados em criar o melhor truque de ilusão, eles iniciam uma competição com trágicos resultados.”

Se você nunca assistiu o filme, esse texto não terá spoilers, mas não se iluda, este é um daqueles filmes que ninguém nunca te contou sobre, mas que você ficará com um sentimento de gratidão por ter dedicado algumas horas para assisti-lo. Assista! Depois volte aqui pois você terá uma melhor compreensão do texto.

Apesar de o filme passar várias mensagens, acredito que a mensagem mais impactante para mim é o fato do quanto você está disposto a se entregar por aquilo que você faz. E o verbo entregar uso aqui no sentido figurado de: “render-se completamente a algo”. Tem a ver com dedicação, com abdicar de outras coisas, tem a ver com abrir mão, com sacrifícios em pró de um bem maior.

No filme, o tempo inteiro se trata de como você é capaz de dedicar uma vida a algo. Ambos os personagens estão ou estarão em algum momento dispostos a se entregar a sua profissão, a mágica. Não importa o que está em jogo. Se você chegou aqui provavelmente assistiu o filme e sabe do que estou falando, sabe também que os personagens da história não tem escrúpulos para atingir os seus objetivos e não é sobre isso que estou falando. Estou falando sobre o quanto os personagem tem que abrir mão, se sacrificar, se doar pela sua paixão/profissão.

E eu particularmente acho isso lindo. E claro, acredito que a grande maioria das pessoas não estão preparadas e nem mesmo querem fazer isso. E tudo bem, não há nada de errado nisso, o livre arbítrio é uma benção para todos os seres humanos. No próprio filme presenciamos o que o as escolhas dos personagens faz com suas vidas, coisas boas e coisas ruins. Logo, é algo absolutamente natural e compreensível as pessoas preferirem uma vida comum e mediana. E novamente digo, não há nada de errado.

Agora, você que se identifica com o filme, está de fato disposto a se entregar por algo que você ama? A ponto disso ser sua Única Coisa? (e sim, isso é uma referência ao maravilhoso livro do Gary Keller) Pois eu aposto que você admira alguém que abriu mão de tudo por uma única coisa, duvida?

Então vamos lá, os grandes astros, esportistas, escritores, atores, cientistas, advogados, músicos, cantores, entre outros, até mesmo os grandes influencers atuais, seguiram essa mesma fórmula: De se entregar ao que faz por inteiro até que chegue o dia em que o que ele faz se torna uma arte de pura excelência. E nessa hora as pessoas começam a nota-lo como alguém especial, às vezes até acham que é uma benção divina. Mas não é nada mais que hardwork, por um longo período de tempo.

É incrível como conseguimos extrair e conectar informações a partir da arte, não é mesmo?

É com essa reflexão que me despeço até mais.

Você pode se conectar comigo no Linkedin, te vejo lá.

By Ozzy Gomes.

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