Startups estão adotando modelo “fair source” para evitar problemas relacionados a licenças de código aberto
O conceito representa uma alternativa ao software de "código fechado", e conta com o apoio de grandes nomes como a Sentry — uma startup avaliada em 3 bilhões de dólares — buscando integrar os conceitos de código aberto e software proprietário, introduzindo novas definições, terminologias e modelos de governança.
A Sentry é uma das primeiras empresas a adotar essa abordagem, ao lado de outras seis, incluindo a GitButler, uma ferramenta de desenvolvimento fundada por um dos criadores do GitHub.
O modelo “fair source” foi projetado para alinhar as empresas ao desenvolvimento de software “aberto”, sem interferir nas estruturas de licenciamento já existentes, como código aberto, open core ou source-available, ao mesmo tempo em que evita as conotações negativas associadas ao software proprietário. Esta iniciativa surge em resposta à crescente percepção de que o código aberto enfrenta dificuldades comerciais.
Atualmente, a principal licença recomendada para o modelo "fair source" é a Functional Source License (FSL), lançada pela Sentry no ano passado como uma alternativa simplificada à BUSL.
As empresas são incentivadas a submeter suas próprias licenças para consideração, desde que todas sigam três diretrizes principais, incluindo ser publicamente acessível para leitura, permitir que terceiros usem, modifiquem e redistribuam com “restrições mínimas”, e incluir uma cláusula de publicação de código aberto atrasada (DOSP), que transforma a licença em uma verdadeira licença de código aberto após um período predefinido. Para a FSL da Sentry, esse período é de dois anos.
No entanto, o novo termo recebeu críticas. O gerente geral da Open Infrastructure Foundation destaca que as licenças "fair source" não são realmente licenças de código aberto, pois as liberdades que oferecem não são universais e se baseiam em regras de não concorrência que podem ser juridicamente confusas.
Ele adverte que a adoção generalizada dessas licenças poderia criar incertezas legais e reduzir significativamente a inovação no futuro.