Executando verificação de segurança...
1

Relatório indica que transição de código aberto para licenças proprietárias pode não gerar benefícios financeiros significativos para empresas

Rachel Stevens, analista sênior da Redmonk, investigou se empresas que migraram de licenças de código aberto para modelos proprietários apresentaram melhorias financeiras, focando em casos como o MongoDB, que mudou da licença AGPL para SSPL, e a HashiCorp, que alterou sua licença de MPL para a Confluent Community License.

Stevens ressalta a complexidade do tema, considerando que há diversos fatores que influenciam os resultados financeiros, como concorrência, desempenho operacional e o ambiente macroeconômico. Embora todas as empresas analisadas tenham registrado aumento de receita após a mudança de licença, a taxa de crescimento foi similar à observada antes da transição. Além disso, Stevens observa que "nenhuma dessas empresas alcançou lucratividade até o momento", e que suas avaliações estão "principalmente baseadas no crescimento esperado do fluxo de caixa futuro".

O principal fator que motivou a migração para licenças mais restritivas foi o uso de software de código aberto por fornecedores de nuvem em hiperescala, que oferecem esses produtos como serviço, lucrando com sua hospedagem sem repassar benefícios diretos aos desenvolvedores originais. Em 2018, o MongoDB declarou que "quando um projeto de código aberto se torna interessante ou popular, fornecedores de nuvem podem facilmente capturar todo o valor gerado, sem contribuir de volta para a comunidade". No entanto, seis anos após essa declaração, os fornecedores de nuvem continuam sendo mais lucrativos do que as empresas que adotaram licenças mais restritivas.

O cofundador da Percona afirma que "abandonar as licenças de código aberto na tentativa de aumentar os lucros não terá sucesso, devido à ampla disponibilidade de código sob licenças permissivas", e que tal movimento poderia também prejudicar a inovação.

Carregando publicação patrocinada...