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Pesquisadores utilizam soro de leite para recuperar ouro de lixo eletrônico com eficiência ambiental

Esse é um subproduto da produção de queijo. Os pesquisadores transformaram esse material em uma matriz de nanofibrilas de proteína amiloide, capaz de absorver seletivamente o ouro de soluções químicas.

O processo envolve desnaturar as proteínas do soro sob condições ácidas e altas temperaturas, criando nanofibrilas em forma de gel, que são posteriormente secas e transformadas em uma esponja. Em testes, partes metálicas de 20 placas-mãe de computadores antigos foram dissolvidas em ácido, ionizando os metais. A esponja absorveu os íons de ouro com alta eficiência, retendo 90,8% de ouro, com impurezas mínimas de cobre e níquel. A pepita resultante apresentou pureza equivalente a 21 ou 22 quilates.

Além de ser economicamente viável — o custo total do processo foi 50 vezes menor que o valor do ouro recuperado — o método também reduz a pegada de carbono. Enquanto a recuperação de 1 g de ouro com carvão ativado convencional emite cerca de 116 g de dióxido de carbono, a esponja de fibrilas de proteína gera apenas 87 g.

Contudo, por utilizar uma proteína de origem animal, o método pode ter impactos ambientais adicionais. Para contornar essa limitação, os pesquisadores estão explorando alternativas vegetais, como proteínas extraídas de ervilhas e batatas, para substituir o soro de leite no processo.

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