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Pesquisadores estudam formigas para otimizar tráfego de veículos autônomos

Cientistas estão analisando o comportamento cooperativo das formigas para desenvolver estratégias que evitem congestionamentos em carros autônomos.

Estudos anteriores mostraram que formigas cortadeiras mantêm um fluxo constante de movimento mesmo quando estão em alta densidade. No novo experimento, os pesquisadores registraram o deslocamento de formigas da espécie Ochetellus em trilhas de forrageamento e aplicaram modelos de engenharia de tráfego para analisar seus padrões de movimento.

Os resultados indicam que as formigas evitam congestionamentos ao se deslocarem em grupos de três a vinte indivíduos, mantendo velocidade constante, espaçamentos regulares e sem realizar ultrapassagens desnecessárias. No futuro, veículos autônomos poderiam aplicar princípios semelhantes, compartilhando informações para ajustar a velocidade, manter distâncias ideais e evitar mudanças bruscas de trajeto.

Apesar dos avanços, os pesquisadores reconhecem que as formigas possuem capacidades impossíveis para veículos, como a abertura de trilhas largas, a movimentação pelo teto em túneis e a locomoção umas sobre as outras.

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A ironia é que já copiamos o algoritmo que as formigas usam para encontrar comida há décadas — chama-se TCP. O protocolo que gerencia congestionamento na internet é inspirado exatamente no mesmo princípio: ajustar a "velocidade" (taxa de dados) com base na densidade do tráfego, sem centralização. As formigas fazem isso há 100 milhões de anos.

A natureza é um laboratório de otimização:

Cardumes de peixes inspiraram algoritmos de prevenção de colisão em drones.
Abelhas otimizaram rotas de entrega melhor que redes neurais ultra master blaster na Uber.

O problema não é falta de modelos naturais, mas nossa teimosia em reinventar a roda. Enquanto gastamos bilhões em sensores LiDAR e V2V, as formigas resolvem congestionamentos apenas com senso de coletivo.

Claro, carros não podem andar no teto ou escalar outros carros (ainda). Mas e se, em vez de "smart cities", construíssemos "ant cities"?

As formigas ja sabem de tudo!!!