Gases de efeito estufa podem aumentar risco de colisões entre satélites
A atmosfera terrestre desempenha um papel essencial na remoção de satélites desativados e detritos espaciais, exercendo arrasto que os força a reentrar e queimar ao atravessar as camadas atmosféricas.
No entanto, o resfriamento da atmosfera superior, causado pelo acúmulo de gases de efeito estufa, reduz essa capacidade, permitindo que mais objetos permaneçam em órbita por períodos prolongados e aumentando o risco de colisões.
Pesquisadores do MIT estimam que, no pior cenário de emissões elevadas, a capacidade de satélites na órbita baixa da Terra pode diminuir entre 50% e 66% nos próximos 75 anos. Em um cenário intermediário, essa redução ficaria entre 24% e 33%.
Desde 1957, aproximadamente 20,6 mil satélites foram lançados, dos quais 11,9 mil ainda estão operacionais. A SpaceX, por exemplo, planeja lançar até 42 mil satélites para a constelação Starlink.
Como reflexo do crescente congestionamento orbital, no primeiro semestre de 2024, satélites da SpaceX precisaram realizar 50 mil manobras de desvio para evitar colisões. Com o aumento das emissões de gases de efeito estufa, esse número pode crescer ainda mais.
Um dos pesquisadores alerta para a possibilidade de um ponto crítico em que o tráfego orbital desencadeie colisões em cascata. Os satélites são essenciais para serviços como GPS e previsões meteorológicas.