Gartner, empresa mundial de consultoria, acredita que inteligência artificial geral (AGI) está longe de se concretizar
O conceito tem gerado muitos debates, especialmente com promessas de empresas como a OpenAI que afirmam estar avançando na criação de uma inteligência semelhante à humana.
No entanto, especialistas em ciências cognitivas criticam essas alegações, argumentando que o conceito de AGI é frequentemente mal compreendido e que os modelos atuais, como os LLMs, são insuficientes para alcançar a AGI.
A Garter ressalta que essa tecnologia está, no mínimo, a 10 anos de distância, e pode nunca se concretizar, podendo, inclusive, não ser um objetivo útil ou desejável na computação. A empresa também sugere que a AGI está atualmente no “pico de expectativas inflacionadas”, prestes a entrar no “vale da desilusão”, onde expectativas superam a realidade.
Arun Chandrasekaran, vice-presidente da Gartner, menciona que, embora a IA generativa possa ter um impacto a longo prazo, as expectativas atuais estão exageradas em relação ao que ela pode realmente oferecer a curto prazo, e que o simples aumento no tamanho dos modelos não garantirá a chegada da AGI, sugerindo que modelos precisariam incorporar conceitos de raciocínio e aprender sobre o mundo de forma semelhante aos humanos.
Gary Marcus, especialista na área, sugere que a bolha da IA generativa pode estar prestes a estourar, especialmente no setor financeiro, e prevê que, embora a tecnologia não desapareça, os investimentos podem diminuir e muitas empresas podem enfrentar dificuldades. Marcus também destaca alguns problemas, como a falta de uma solução robusta para as “alucinações” dos modelos.