Estudo propõe armazenamento de dados em cristais milimétricos
Os sistemas de armazenamento de dados atuais seguem um modelo binário, no qual a informação é representada pelos estados “ligado” (1) e “desligado” (0). Esse princípio se aplica tanto a semicondutores modernos quanto a mídias mais antigas, como CDs. No entanto, essas tecnologias enfrentam limitações físicas devido ao tamanho dos materiais utilizados.
Pesquisadores desenvolveram uma técnica que permite armazenar dados em defeitos de cristais, onde a ausência de um único átomo pode representar um bit de informação (0 ou 1). Essa abordagem possibilita o armazenamento de terabytes de dados — equivalente a um bilhão de bits — dentro de um cristal com apenas um milímetro cúbico, algo inviável com as tecnologias convencionais.
Segundo um dos pesquisadores, o interesse por essa técnica surgiu ao observar que certos cristais podem absorver, reter e liberar informações codificadas, inicialmente relacionadas à exposição à radiação. Essa descoberta levou à exploração do uso dessas propriedades para o armazenamento digital de dados.
Caso a tecnologia se desenvolva, pode inaugurar um novo paradigma na área, permitindo a miniaturização de data centers inteiros em pequenos chips cristalinos.