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Estudo investiga quantos robôs autônomos um único operador humano pode controlar

Um estudo financiado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos (DARPA) desafia suposições tradicionais sobre a capacidade de um único operador humano de controlar grandes enxames de robôs autônomos em missões complexas. Esses enxames podem ser empregados em tarefas de alto risco, como o monitoramento de incêndios florestais, oferecendo cobertura contínua para a detecção precoce de focos de incêndio e permitindo o uso mais eficiente de recursos limitados, como equipes de bombeiros e reservatórios de água.

Acreditava-se que, à medida que o número de robôs aumentava, a carga de trabalho do operador se tornava insustentável, comprometendo o desempenho. No entanto, o novo estudo indica que um único operador pode gerenciar com eficiência um enxame de mais de 100 robôs terrestres e aéreos, apresentando sinais de sobrecarga apenas por curtos períodos durante uma pequena parte da missão.

Os experimentos foram realizados em um ambiente urbano desafiador. Durante os testes, os operadores humanos relataram sobrecarga em apenas 3% do tempo total da missão, que envolveu dois profissionais altamente experientes se revezando em turnos de 1,5 a 3 horas por dia ao longo de três semanas, com o objetivo de neutralizar um alvo adversário. O maior experimento contou com 110 drones, 30 veículos terrestres e até 50 veículos virtuais, que simulavam a presença de robôs adicionais.

Para medir a carga cognitiva dos operadores, sensores coletaram dados fisiológicos, incluindo variação da frequência cardíaca, postura e ritmo da fala, a fim de detectar momentos de sobrecarga. Esses momentos ocorreram principalmente quando os operadores precisavam desenvolver novas táticas ou decidir quais robôs deveriam ser enviados da zona de lançamento para a missão.

O estudo sugere que o número de robôs pode não ser o principal fator limitante no controle de enxames, mas sim aspectos como as capacidades humanas, o design dos sistemas de controle e a arquitetura dos robôs. Os resultados abrem caminho para o uso mais eficiente de grandes enxames de robôs em aplicações reais, como operações militares, resposta a desastres e segurança pública.

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