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Empresas recebem certificação por tecnologias menos distrativas

Amber Case, palestrante e autora do livro Calm Technology, critica a forma como as tecnologias atuais roubam a atenção primária das pessoas, tornando-se “cansativas e difíceis de usar”. Como exemplo, cita as constantes notificações dos smartphones que buscam redirecionar a atenção dos usuários. Para combater essa tendência, o Calm Tech Institute, fundado por Case, criou a certificação Calm Tech, que reconhece empresas comprometidas em desenvolver tecnologias menos intrusivas.

A certificação abrange 81 critérios distribuídos em categorias como atenção, atenção periférica, durabilidade, luz, som e materiais. Esses critérios incluem padrões mínimos para design de interface de usuário, como consistência no uso de ícones e tipografia, desativação de todas as notificações não cruciais por padrão e a inclusão de um manual de instruções detalhado com lista de peças e substituições compatíveis.

Na CES 2025, diversos dispositivos certificados foram apresentados. Entre eles, destaca-se o reMarkable Paper Pro, um tablet com tela e-Ink colorida focado em escrita e organização de notas, projetado para evitar distrações. Ele restringe funcionalidades como navegador, loja de aplicativos e widgets, e sequer exibe o horário. Outro exemplo é o Mui Board, um dispositivo doméstico inteligente que se assemelha a um pedaço de madeira decorativa, mas que revela uma interface de casa inteligente ao ser tocado.

Outros dispositivos incluem:

  • AirThings View Plus: um monitor de qualidade do ar com tela eInk;
  • Daylight Computer: um PC portátil com sistema operacional personalizado para reduzir distrações;
  • Unpluq: um dongle físico que bloqueia aplicativos em dispositivos Android e iOS até ser colocado próximo ao dispositivo.

Embora a especificação da certificação ainda não tenha sido publicada, o Calm Tech Institute planeja disponibilizá-la em breve. Além disso, a organização realiza pesquisas sobre tecnologias menos intrusivas e trabalha com neurocientistas para investigar a "necessidade cognitiva de dimensionalidade e textura" em interfaces de usuário.

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