Executando verificação de segurança...
1

Demanda global por eletricidade deve crescer 4% ao ano até 2027

De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia, a crescente demanda global por eletricidade exigirá, a cada ano, a adição de mais capacidade de geração do que a atualmente instalada em todo o Japão. Esse aumento é impulsionado principalmente pelo crescimento acelerado do uso de eletricidade na produção industrial, pela maior demanda por ar-condicionado, pela eletrificação de setores — especialmente o de transporte — e pela rápida expansão dos data centers.

A maior parte da demanda adicional virá de economias emergentes e em desenvolvimento, que serão responsáveis por 85% do crescimento projetado. Na China, essa tendência é ainda mais acentuada: em 2024, o consumo de eletricidade no país cresceu 7%, impulsionado pelo setor industrial e pela expansão da manufatura de painéis solares, baterias, veículos elétricos e materiais associados. Além disso, fatores como a adoção de veículos elétricos, a ampliação da infraestrutura de data centers e redes 5G, bem como o uso intensivo de ar-condicionado, contribuem para essa alta. Nos EUA, o aumento no consumo de eletricidade nos próximos anos será equivalente a todo o consumo atual da Califórnia.

O relatório também destaca que a geração de eletricidade a partir de fontes limpas, como renováveis e nuclear, deve ser suficiente para suprir toda a nova demanda global até 2027. A energia solar fotovoltaica terá papel central nesse processo, devendo responder por cerca de metade desse crescimento. Em 2024, a geração solar na União Europeia já ultrapassou a do carvão, representando mais de 10% da matriz elétrica. Uma tendência semelhante deve ocorrer na China, nos EUA e na Índia, onde a participação da energia solar na geração total pode atingir 10% até 2027.

Além de projetar a evolução da matriz elétrica global, o relatório analisa os desafios enfrentados pelos sistemas elétricos em 2024, incluindo tempestades de inverno nos EUA, furacões no Atlântico, apagões causados por eventos climáticos extremos no Brasil e na Austrália, e secas que afetaram a geração hidrelétrica no Equador, na Colômbia e no México. Esses eventos reforçam a necessidade de fortalecer a resiliência dos sistemas elétricos. O documento também discute o impacto das mudanças climáticas no setor e a crescente volatilidade dos preços da energia em algumas regiões, evidenciando a importância de tornar os sistemas mais flexíveis e adaptáveis.

Carregando publicação patrocinada...