Cumprimento de ordens de retorno ao escritório não está atendendo às expectativas, segundo pesquisa

Uma funcionária de uma ONG relata dificuldades para retomar a produtividade no ambiente de escritório, o que faz com que essa experiência se assemelhe a uma obrigação, como “voltar para a escola”. A pesquisa indica que, apesar de 80% das empresas na América terem estabelecido políticas de retorno, apenas 17% monitoram a conformidade com essas normas, sugerindo que gestores hesitam em impor regras rígidas para evitar descontentamentos. Em vez disso, muitas empresas buscam formas de conciliar as expectativas de presença física com a flexibilidade adotada durante a pandemia.

Enquanto 60% dos gestores esperam que os empregados compareçam ao escritório três ou mais dias por semana, apenas 51% dos funcionários seguem essa frequência. Ao mesmo tempo, 37% dos trabalhadores estão presentes no escritório apenas um ou dois dias por semana, e apenas 17% das empresas estão satisfeitas com essa frequência. Para reduzir despesas, especialmente com aluguel, que é um dos maiores custos após a folha de pagamento, muitas organizações estão optando por reduzir o espaço físico e adotar modelos de “estação de trabalho não fixa”, onde os funcionários não têm mesas designadas.

Estima-se que os trabalhadores mais jovens busquem mais tempo para atividades pessoais ou sociais, enquanto os mais velhos frequentemente lidam com responsabilidades familiares. Gestores afirmam que o trabalho presencial e o contato físico podem ajudar a combater o isolamento e melhorar a saúde mental dos empregados, especialmente em ambientes que oferecem áreas de colaboração e espaços reservados para foco individual. Especialistas sugerem que é provável que as políticas se tornem mais flexíveis ao longo do tempo, ajustando-se aos objetivos específicos de cada empresa e às necessidades de colaboração dos projetos. Os líderes do futuro podem optar por focar mais na realização de objetivos em equipe do que na frequência diária no escritório, adotando uma abordagem menos rígida em relação aos dias fixos de trabalho.