Consultor sênior em AGI anuncia saída da OpenAI e afirma que sociedade não está preparada para a inteligência artificial geral
Miles Brundage explica que sua decisão visa refletir sobre a prontidão da empresa e do mundo para essa tecnologia, agora sem o viés de um funcionário. Ele afirma que a companhia e outros laboratórios avançados de IA apresentam “lacunas” significativas nesse aspecto. Para Brundage, a IA e a AGI só beneficiarão a humanidade se governos, organizações sem fins lucrativos, sociedade civil e setor privado fizerem escolhas deliberadas, apoiadas por um debate público “robusto” que considere a segurança e a distribuição equitativa dos benefícios.
Apesar das preocupações com a segurança, Brundage vê grande potencial positivo, estimando que, nos próximos anos, a tecnologia poderá gerar crescimento econômico suficiente para tornar a aposentadoria precoce e de alto padrão uma realidade, além de simplificar a automação de tarefas remotas. Ele também acredita que, eventualmente, será possível “eliminar a necessidade de trabalhar para sobreviver”. Contudo, ele ressalta que a humanidade não está preparada política ou culturalmente para essa transformação e defende que o tema precisa ser discutido no âmbito das políticas públicas. Brundage alerta que uma “transição ingênua” para um mundo “pós-trabalho” poderia levar a uma estagnação civilizacional, similar ao que é ilustrado no filme Wall-E.
Após sua saída, a equipe de prontidão para AGI da OpenAI será redistribuída entre outras divisões da empresa como parte de uma reorganização.