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Cientistas transformam sensores de smartphone em câmera de antimatéria

A inovação foi desenvolvida por pesquisadores do experimento AEgIS do CERN, que estuda a antimatéria — em particular, o antihidrogênio, o equivalente em antimatéria ao hidrogênio. O principal objetivo do experimento é medir com precisão o efeito da gravidade sobre a antimatéria.

Originalmente, os cientistas usavam chapas fotográficas para detectar onde os antiprótons (partículas de antimatéria) se aniquilavam ao entrar em contato com a matéria. No entanto, esse método não permitia análise em tempo real e exigia um processamento demorado.

Para superar essa limitação, a equipe adaptou sensores de câmeras de smartphones para detectar as aniquilações de antiprótons em tempo real, com uma resolução de 0,6 micrômetros — 35 vezes melhor do que os métodos anteriores. Para isso, 60 sensores foram integrados, criando um detector de 3.840 megapixels, o maior já construído.

Foram necessárias algumas modificações, incluindo ajustes de microengenharia e eletrônica avançada, para que os sensores pudessem detectar antipartículas. Quando um antipróton colide com um próton (matéria), eles se aniquilam, liberando energia — e o sensor captura esse evento com extrema precisão.

A descoberta pode abrir caminho para novas pesquisas em antimatéria usando sensores comerciais de baixo custo.

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