Autoridades federais dos EUA acusam Apple de ameaçar ilegalmente funcionários por discussões sobre salário e trabalho remoto
Segundo a denúncia, um colaborador foi ameaçado com “represálias não especificadas” caso falasse sobre seu bônus de desempenho em uma pesquisa salarial, enquanto outro foi instruído a excluir uma publicação nas redes sociais sobre a continuidade do trabalho remoto e a informar o RH sobre os colegas com quem conversou sobre o tema. Um terceiro funcionário teria sido advertido a parar de debater questões salariais nos sistemas de mensagens internos, com a alegação de que a empresa estaria “monitorando essas discussões”.
A pesquisa salarial foi criada por uma uma engenheira de software, que, segundo a queixa, foi forçada a deixar a empresa. O objetivo da pesquisa era identificar potenciais disparidades salariais entre os funcionários.
A denúncia formal apresentada pelo governo federal dos EUA acusa a Apple de “interferir, restringir e coagir funcionários” que exerciam seus direitos, garantidos pela Lei Nacional de Relações Trabalhistas, de discutirem sobre o ambiente de trabalho. Além disso, a Apple teria instruído um funcionário a não falar com a imprensa após ser citado em reportagens sobre condições de trabalho, e um gerente teria dito que a empresa não desejava que os empregados falassem sobre salários ou equidade salarial. Os incidentes teriam ocorrido em 2021.