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Artigo sugere que mercado de TVs deixou de focar em venda de aparelhos para se concentrar na geração de receita por meio de anúncios e rastreamento de usuários

No passado, o sucesso das empresas de TV dependia principalmente do volume de vendas de televisores. Contudo, com a popularização das smart TVs e a consequente queda nas margens de lucro do hardware, empresas como LG e Samsung começaram explorar novas fontes de receitas, com o sistema operacional das TVs inteligentes (TV OS) permitindo a coleta de dados e exibição de anúncios de anúncios personalizados para os usuários, que podem aparecer em diversos locais, como na tela inicial, protetores de tela e até em canais de streaming gratuitos.

Para isso, as organizações utilizam uma tecnologia chamada “Reconhecimento Automático de Conteúdo” (ACR, na sigla em inglês), que permite que as TVs rastreiam o que está sendo assistido, coletando dados em tempo real. Embora as companhias afirmem que os usuários podem desativar essa função, ela geralmente está oculta nas configurações.

Estima-se que a receita de anúncios em smart TVs tenha crescido 20% entre 2023 e 2024, com a previsão de um novo crescimento de 20% em 2025, alcançando 46 bilhões de dólares, com o futuro desse mercado centrando-se cada vez mais em anúncios com a introdução de novos formatos, como anúncios “shoppable”, que permitem aos usuários realizar compras diretamente pela TV. Empresas como Amazon e Walmart estão na vanguarda dessa tendência.

Com a crescente presença de microfones, câmeras e técnicas avançadas de rastreamento, os consumidores enfrentam desafios crescentes para manter sua privacidade ao usar smart TVs. Além disso, as opções de compra para TVs que não se conectam à internet estão se tornando cada vez mais escassas.

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