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Como lidar com a ansiedade ao começar como programador?

Você já se pegou preso em uma crise de ansiedade ao começar como programador? Você talvez fique pensando que não é capaz, não está evoluindo, está longe demais de conseguir alguma coisa, as promessas são tão grandes que não parece possível ou até mesmo não parece que você mereça “tudo isso”?

Tecnologia é uma carreira que assim como já foi dito no filme do homem aranha: “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. Faz parte da lógica do mercado e até da vida que uma área com grandes remunerações e atraindo tantas pessoas ofereça seus próprios desafios emocionais. Afinal, se fosse fácil, simples, não estaria tão aquecida, não é mesmo? As melhores remunerações são por escassez de prestação de serviço, e se está assim... Não é por acaso.

Pode parecer clichê, mas para mim às vezes até parece de propósito a resistência que o ambiente cria para novos programadores, juniores. Em alguns momentos, algo parece dizer que é uma resistência das pessoas que estão “acima”, tentando de alguma maneira primitiva preservar seus devidos lugares. Verdade ou não, o importante é que você esteja feliz e "imune” a essa pressão.

A ansiedade é muito comum em programação, como Murilo Gun disse uma vez e eu gosto de aplicar no nosso nicho: Programação é como uma grande esteira, correndo e girando. Para você entrar nessa esteira em movimento, seus primeiros passos precisam ser rápidos, para você pegar o ritmo. Mas depois é só manter. Então pensando nesse exemplo, o pensamento que pode vir é: então eu preciso correr! E a resposta é: não.

Programação é sim, possível para qualquer pessoa. Mas assim como qualquer outra área, requer tempo, experiência, erros e acertos. A relação de “senioridade x remuneração” tende a pesar muito quando comparado com outras profissões. O que pode trazer para muitas pessoas a perspectiva de que deve ser muito rápido. Quase um miojo, 5 min, e você está pronto! Mas não, não exagere tanto! Nunca vi uma oferta na internet: “de cidadão a cirurgião plástico em 4 semanas”. A diferença é que o salário inicial de um programador é bem mais que o salário mínimo ou a ajuda de custo que outras áreas costumam proporcionar a seus aventureiros.

O conceito de um programador que recebe um prato por debaixo da porta para se alimentar e aquilo é tudo que ele precisa em sua caverna escura é coisa do passado. Programadores hoje são cada vez mais “antenados”, diversificados, com inteligência emocional e de negócio. Em grandes empresas, com seus próprios produtos, posso dizer por experiencia própria que escrever código é menos de 50% do trabalho.

Correr para entrar no mercado querendo devorar o mundo em uma mordida não vai te trazer um trabalho, apenas um Burnout. Tire um tempo para conteúdo inútil, para você mesmo(a), para sua família. A internet vai estar sempre aberta, programação vai estar sempre aí (pelo menos eu acho). Você não está ficando para trás, se você está estudando tecnologia em um século que é o início da evolução, você na verdade está a frente de muita gente. Ainda tem muito espaço. Respire. A vida é agora.

Post Original Onde Eu Retirei Esse Texto: https://www.linkedin.com/pulse/como-lidar-com-ansiedade-ao-come%C3%A7ar-programador-marcos-nunes/?originalSubdomain=pt


Vou Deixar um Link de Um Ebook Meu Para Quem Sofre Com Ansiedade e Precisa de Ajuda: Equilíbrio Sereno: Domando a Ansiedade

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Me desculpe por discordar de um ponto fundamental do texto porque ele contradiz todo o resto. Note que falarei de apenas uma frase, não do resto que é bom.

Programar em nível profissional, conforme o texto como um todo destaca, não é possível para qualquer um e vemos isso otempo todo, é bastante observável. Programação é uma das coisas mais difíceis que um ser humano pode fazer e é antinatural.

Porque fiz questão de dizer isto? Justamente porque é um dos maiores causadores de ansiedade nas pessoas, o foco do texto. A ansiedade é causada por expectativas exageradas. A pessoa assume que algo é possível e ela vai percebendo que não vai alcançar, e a sensação de fracasso vai chegando e vem a ansiedade, e em alguns casos até mesmo pânico.

Muito da desilusão das pessoas e consequente ansiedade vem de muita gente ficar martelando que é fácil e "você consegue".

Reforço que o texto é bom, só que esse ponto gera expectativa em quem não tem vocação, que é sim fundamental para quem tem aspirações sérias na profissão. É necessário a pessoa ter muita clareza disso antes de entrar. Eu acho que todos podem fazer o que desejam, mas algumas pessoas não terão muito sucesso, e para não gerar ansiedade a pessoa precisa ter ciência disso. Eu prefiro ser o chato que conta isso do que o incentivador que não se responsabilizará pela ansiedade da pessoa.

Também quero acrescentar que a pessoa que faz faxina em casa, no interior, onde não paga bem, tira 5 mil por mês sem nenhuma responsabilidade, geralmente trabalhando de 4 a 6 horas por dia, sem precisar estudar e se qualificar, e diga-se de passagem, faz um trabalho bem ruinzinho, mas não acha ninguém melhor pagando "tão pouco", porque tem fila de gente procurando quem queira fazer faxina. Se a pessoa entra em programação pelo salário e porque tem vaga sobrando, a faxina tá melhor.

Boa parte dos programadores nunca chegam nesse valor mesmo depois de vários anos, e raros casos de sorte ou genialidade que a pessoa não se compromete pelo menos 60 horas semanais com o trabalho/estudo para ganhar bem, tem que gostar. E estamos vendo cada vez mais casos em que a pessoa não consegue o primeiro emprego por muito tempo ou até nunca. Por isso é importante ressaltar que não é fácil, que depende de muito esforço e dedicação, e que tem que ter as atitudes certas para funcionar. São muitas variáveis que precisam se alinhar. Claro, é possível, mas não para todos. Infelizmente.

A pessoa deve entrar na programação porque tem vocação e desejo por aquilo. Se ela fizer isso de forma consciente a ansiedade não será importante ou mesmo presente, a não ser do que falarei a seguir.

Tem casos de ansiedade patológica. Esses casos não são resolvidos com palavras de incentivo ou conscientização. A pessoa precisa de medicação e/ou terapia. As pessoas têm vergonha ou preconceito com isso e acham que é normal sofrer assim. Elas precisam entender que precisam de ajuda. Se for um caso assim, tentar tratar de outra forma é curandeirismo.

Faz sentido para você?

Espero ter ajudado.

Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).