Terceirizar ou Desenvolver? Decisões Cruciais no Uso de IA
Recentemente participei de uma palestra sobre o uso de Inteligência Artificial na educação. Um dos pontos levantados foi a necessidade de empreendedores dessa área investirem no uso de IA, acompanhando a tendência de mercado e os inúmeros benefícios que ela oferece. Até aqui, tudo certo, afinal, o uso de IA realmente tem revolucionado o setor de educação.
Mas uma frase específica me chamou a atenção: "As empresas precisam investir em seus próprios modelos e treinamento de IA, porque são essas que vão sair na frente. Tenho visto muita aplicação que, na prática, é só uma casca para o ChatGPT." Isso me fez pensar: será que esse é mesmo o melhor caminho? Não seria mais barato — principalmente para startups — usar as APIs disponíveis no mercado? Afinal, estamos falando de empresas de educação, cujo foco principal é ensinar, e não desenvolver inteligência artificial.
Comecei a comparar isso com o movimento "on cloud" na infraestrutura de TI. Hoje, a maioria das empresas, principalmente startups, terceiriza sua infraestrutura para serviços como AWS, Azure, ou Google Cloud. E isso faz total sentido: você terceiriza aquilo que não é o foco do seu negócio, como contabilidade, por exemplo, que é algo que quase todo mundo deixa com o contador.
Claro, isso não vale para todos os casos. Negócios que lidam com um grau alto de confidencialidade ou necessidades muito específicas podem precisar trazer algumas coisas para dentro de casa. Mas mesmo nesses casos, dá para usar um modelo já pronto, rodando na sua própria infraestrutura, como uma solução intermediária.
Na posição de um CTO, minha abordagem seria buscar esse equilíbrio: usar soluções já existentes para ganhar agilidade, focar no que é realmente importante e deixar para investir em algo mais robusto só quando fizesse sentido estratégico.
Foi esse conceito que apliquei na construção do IANKI. Optar pelo uso de APIs prontas acelerou tanto o desenvolvimento quanto a entrega final do produto, permitindo que eu focasse no que realmente importa: oferecer uma experiência de ensino personalizada e eficiente para os usuários.
Esse tipo de decisão está no dia a dia de um CTO: avaliar o que construir, o que terceirizar e como alinhar escolhas técnicas com as prioridades do negócio. Refletir sobre esses pontos é fundamental para quem está começando e deseja entender o impacto estratégico da tecnologia.
E você, o que pensa sobre isso? Você já enfrentou esse tipo de dilema ao decidir entre usar soluções prontas ou desenvolver algo do zero? Quais fatores influenciam sua escolha?