Por que criei meu próprio app para aprender idiomas: a jornada por trás da construção
Quantas vezes você começou a aprender um idioma e acabou desistindo no meio do caminho?
Talvez "desistir" seja uma palavra muito forte, mas quantas vezes você deixou de lado e priorizou outras coisas? Essa era minha história com o inglês. Na escola, era a única matéria em que eu realmente me complicava. Eu não gostava. Só que, quando entrei no mundo da tecnologia, tudo mudou. Se você também trabalha com TI, sabe do que estou falando: não dá para atuar sem ao menos o básico de inglês.
Meu "básico", na verdade, era mínimo. Mesmo trabalhando em uma multinacional, entrava e saía de reuniões com estrangeiros sem entender quase nada. Não foi por falta de tentar: fiz aulas, cursos, mas sempre sentia que estava travado. Até que resolvi experimentar o curso do Mairo (você já deve ter ouvido falar dele). A metodologia era incrível, mas revelou algo importante: meu problema com o inglês não era falta de estudo, mas de trieno.
Aprender um idioma é como treinar para um esporte. É preciso praticar todos os dias de forma consistente. Com o tempo, comecei a fazer revisões diárias: flashcards, ouvir áudios e ler artigos do curso. Isso me ajudou bastante, mas algumas coisas começaram a me desmotivar. Por exemplo, os áudios não tinham a ver com o meu dia a dia, e os artigos nem sempre eram interessantes. Além disso, perdia muito tempo buscando traduções e exemplos para adicionar ao meu ANKI.
Foi então que pensei: e se eu usasse inteligência artificial para gerar artigos mais relevantes para mim? Algo sobre desenvolvimento, viagens, ou outros temas do meu interesse. Poderia criar áudios desses textos para treinar o listening e até automatizar a definição de palavras com exemplos e pronúncia. Assim nasceu a ideia do IANKI.
Escolhendo a tecnologia
Eu precisava de algo rápido e eficiente. Escolhi Next.js com Material UI para desenvolver o front e back-end em uma única aplicação, agilizando o processo. Em vez de usar a Vercel para o deploy, optei por aplicar meus conhecimentos em AWS, uma oportunidade de praticar o que aprendi estudando para a certificação.
No início, criei um questionário que o usuário preenche ao acessar o app. Essas informações são enviadas para a IA, que gera temas personalizados de artigos. Escolhi a OpenAI para isso porque suas APIs são completas e fáceis de usar. Assim, consigo gerar textos, áudios e até imagens.
Os desafios do desenvolvimento
Logo de cara, enfrentei um problema com a API da OpenAI: as respostas vinham inconsistentes, ora como texto, ora como listas. Precisei criar tratamentos para garantir o formato correto até que o suporte ao response_format foi lançado no GPT-4. Isso me salvou! Com ele, pude pedir artigos, áudios e até questionários para avaliar a compreensão do texto, tudo em uma única chamada.
Outro desafio foi integrar os áudios com os textos. Um amigo sugeriu que o app destacasse as frases conforme fossem pronunciadas. Parece simples, mas sincronizar áudio e texto foi um trabalho árduo. No fim, quebrei o texto em sentenças e criei meu próprio player para tocar os áudios em sequência de forma imperceptível. Deu trabalho, mas o resultado ficou ótimo!
Recursos que fazem a diferença
Definições clicáveis: Transformei cada palavra do texto em um botão. Ao clicar, o app exibe a definição, a tradução, um exemplo e adiciona a palavra automaticamente aos flashcards. Fiquei viciado nesse recurso! Sempre que estou lendo em inglês e encontro uma palavra que não conheço, adoraria clicar para ver a definição. Queria que esse recurso fosse nativo dos navegadores.
Flashcards integrados: Implementei um sistema de revisão espaçada inspirado no ANKI, mas dentro do próprio app. Assim, o estudo fica mais fluido e eficiente.
Conteúdos adaptados ao nível do usuário: Incorporamos o CEFR (A1 a C2) para gerar textos adequados à proficiência do estudante.
Crescimento pessoal e profissional
Além de me ajudar nos estudos, o IANKI foi uma oportunidade de aprendizado técnico. Criei uma pipeline de deploy na AWS com CodePipeline, CodeBuild e CodeDeploy. Meu código no Bitbucket é detectado automaticamente, e as atualizações vão para o ECS, com o API Gateway configurando o domínio e otimizando custos.
Esses projetos pessoais são fundamentais para ganhar experiência e abrir portas na carreira. No processo, aprendi mais sobre infraestrutura, pipeline e desenvolvimento ágil.
Agora, o IANKI conta com funcionalidades como:
Artigos personalizados por interesse: textos criados sob medida para os temas que você gosta.
Diálogos simulados: conversas entre personagens para treinar a compreensão de situações reais.
Interação direta com a IA: converse com a IA em tempo real, com respostas em texto e áudio para prática de conversação.
Lancei também uma newsletter gratuita com resumos das principais notícias do dia, tudo dentro do app. Para quem estuda inglês com ANKI ou quer explorar novas ferramentas, vale a pena conferir.
Criar o IANKI foi mais que desenvolver um app; foi uma jornada de aprendizado e superação.
Aproveite suas ideias para crescer profissionalmente e alcançar novos horizontes!
Se quiser conferir o IANKI, acesse em https://ianki.com.br.