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Como consegui meu primeiro emprego em TI: do estágio à efetivação

A escolha de um curso universitário foi uma das decisões mais importantes da minha vida. Aos 24 anos, já era gerente de uma copiadora em Curitiba, liderando uma equipe e uma loja. Ganhava dois salários mínimos, acima da média nacional, e me sentia bem-sucedido. Até então, nunca havia pensado em fazer faculdade. Mas, com o tempo, percebi que queria algo mais, algo que pudesse me desafiar e me levar além.

Porém, escolher o curso não foi fácil. Psicologia parecia interessante, mas descobri que era uma das profissões mais estressantes do mundo. História também era uma opção — sempre gostei dessa disciplina na escola —, mas, ao pesquisar a média salarial, percebi que não me levaria aonde eu queria. Foi quando considerei Sistemas de Informação, mesmo sem nunca ter programado uma linha de código. A área de tecnologia era promissora, a média salarial era boa, e eu já lidava com TI na loja. Parecia a escolha certa.

Aos 24 anos, acredito que tive a maturidade para avaliar minhas opções com calma. Não foi uma decisão impulsiva, mas sim baseada em pesquisas e no entendimento de onde eu queria chegar. Esse tempo de reflexão me ajudou a entrar na faculdade com propósito e foco.

Assim que comecei o curso, me apaixonei por programação. Apesar das dificuldades de conciliar trabalho, casa e estudos, as disciplinas de programação eram diferentes: C++ e Java me fascinavam. Eu passava noites codando, como se estivesse jogando videogame, mas com propósito.

Foi essa paixão que me levou ao meu primeiro estágio, em um grande banco multinacional, na área de Segurança da Informação. Embora fosse uma oportunidade valiosa, o trabalho não era exatamente o que eu esperava: tarefas burocráticas e repetitivas faziam parte do dia a dia. Mas logo no início, recebi uma tarefa que parecia banal e vi ali uma chance de fazer a diferença.

A tarefa envolvia um processo manual, demorado e sujeito a erros. Propus automatizá-lo e, talvez um pouco petulante para um estagiário recém-contratado, sugeri a ideia à minha chefe. Ela explicou que já haviam tentado algo semelhante antes, mas sem sucesso, e que o sistema era muito antigo, com pouca flexibilidade para mudanças. Ainda assim, me deu liberdade para tentar.

Aquilo era tudo o que eu precisava ouvir. Passei noites estudando e descobri a classe JRobot no Java, que permite enviar comandos de mouse e teclado ao sistema operacional. A automação que desenvolvi não envolveu a alteração de uma linha de código do sistema legado, mas sim a manipulação do mouse e teclado para simular a atuação de um operador humano. Inserindo no código toda a lógica de decisões que deveriam ser tomadas durante as análises, consegui criar um processo eficiente que, antes, tomava horas de trabalho manual.

Em menos de uma semana, desenvolvi a automação funcional. O processo que antes demandava horas de trabalho manual foi completamente transformado: reduzi erros, economizei tempo e liberei a equipe para tarefas mais estratégicas.

A solução foi um sucesso e me rendeu uma indicação ao prêmio mensal de desempenho na área de Segurança da Informação. Apesar de não ter vencido, a indicação foi um grande reconhecimento para um estagiário.

Pouco depois, fui efetivado. O projeto ganhou proporções maiores e passou a executar tarefas que antes exigiam quatro operadores. Isso me levou a uma nova indicação, desta vez ao prêmio nacional de desempenho na TI do banco — e, dessa vez, venci.

Essa trajetória me ensinou lições valiosas:

A maturidade ajuda a tomar decisões acertadas. Mesmo começando tarde, aos 24 anos, a escolha do curso foi um divisor de águas em minha vida.
Grandes oportunidades surgem de pequenos problemas. O que parecia uma tarefa repetitiva acabou se tornando meu maior diferencial.
Reconhecimento é construído aos poucos. Mesmo sem ganhar o primeiro prêmio, o esforço foi notado e abriu portas para novas conquistas.
Hoje, ao olhar para trás, vejo que a maturidade com que escolhi meu curso e o esforço que dediquei no estágio foram fundamentais para minha carreira. Minha experiência na área de Segurança da Informação foi importante, mas logo percebi que meu verdadeiro interesse estava no desenvolvimento. Essa transição para a área de desenvolvimento foi a escolha certa, e isso me levou a me tornar um profissional com reconhecimento significativo em programação — mas isso fica para outro post. Como eu consegui minha primeira vaga como programador.

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