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A previsão de que o reator de fusão nuclear ITER não poderá ser utilizado antes de 2039 deve-se a uma série de fatores técnicos, financeiros e logísticos.

  1. Complexidade Técnica: A fusão nuclear, o processo que alimenta as estrelas, é extremamente difícil de replicar na Terra. Isso envolve fundir átomos de hidrogênio em hélio sob temperaturas e pressões extremamente altas, algo que tem sido um desafio técnico monumental. O design do reator, um tokamak, precisa superaquecer o plasma a temperaturas mais altas que as do Sol e mantê-lo estável com poderosos campos magnéticos. Até agora, nenhum reator conseguiu produzir mais energia do que consome, o que é fundamental para tornar a fusão uma fonte de energia viável.

  2. Atrasos no Projeto: Originalmente programado para iniciar testes completos em 2020, o ITER sofreu vários atrasos. O projeto envolve a colaboração de 35 países e é extremamente complexo, tanto em termos de engenharia quanto de logística. Esses atrasos acumulados resultaram em um adiamento significativo do cronograma, com o novo prazo mínimo para início dos testes sendo 2039.

  3. Custos Elevados: O orçamento do ITER aumentou substancialmente desde o início do projeto. Inicialmente estimado em cerca de US 5 bilhões, o custo já ultrapassou os US 22 bilhões, com a necessidade de mais US$ 5 bilhões adicionais para cobrir despesas imprevistas. Esses custos elevados são resultado de desafios técnicos, atrasos e a necessidade de equipamentos altamente especializados.

  4. Impacto Limitado no Curto Prazo: Mesmo que o ITER se torne operacional em 2039, os cientistas afirmam que não será prudente esperar que a fusão nuclear resolva os problemas energéticos e climáticos da humanidade no curto prazo. A crise climática e as necessidades energéticas urgentes exigem soluções imediatas, enquanto a fusão nuclear ainda estará em uma fase experimental e longe de ser uma solução comercial viável.

Esses fatores combinados contribuem para a previsão de que não será possível utilizar o reator de fusão nuclear do ITER antes de 2039, tornando a energia de fusão uma solução de longo prazo, e não uma resposta imediata para os desafios energéticos atuais.

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