Discurso sobre a Escravidão Moderna pela Internet
Vivemos em uma era em que a internet, prometida como o grande equalizador, tornou-se uma armadilha invisível que aprisiona a mente e a autonomia de milhões de pessoas ao redor do mundo. Enquanto celebramos o acesso irrestrito ao conhecimento e à conectividade, poucos percebem que estamos sendo conduzidos a um ciclo incessante de consumo, comparação e validação digital. As redes sociais, plataformas de entretenimento e até ferramentas de busca se tornaram os novos grilhões, capturando a atenção de pessoas simples, que muitas vezes buscam apenas uma fuga ou oportunidades melhores. Mas, em vez disso, encontram algoritmos que exploram suas vulnerabilidades, moldando desejos e ditando comportamentos em benefício de corporações que lucram com cada clique e cada momento de distração.
Essa nova forma de escravidão é sutil, mas devastadora. Não são correntes físicas que nos prendem, mas a ilusão de pertencimento e a falsa sensação de liberdade que a internet promete. A busca incessante por likes, seguidores e validação é, na verdade, uma corrida exaustiva que alimenta ansiedade, solidão e insatisfação. Precisamos urgentemente questionar o papel dessas tecnologias em nossas vidas e reivindicar nossa autonomia digital. A internet não deve ser uma ferramenta de exploração, mas um recurso de emancipação. Para isso, é necessário educar, conscientizar e incentivar a criação de sistemas mais éticos, que coloquem as pessoas acima dos lucros e restaurem o poder àqueles que, silenciosamente, foram transformados em produtos de um sistema voraz.