Sinais do Starlink podem ser submetidos a engenharia reversa para funcionarem como GPS, afirmam pesquisadores
Ao estudar satélites Starlink e buscar sequências de sincronização – sinais repetitivos e previsíveis enviados pelos satélites em órbita para ajudar receptores a se coordenarem –, a equipe de cientistas da Universidade do Texas em Austin descobriu que cada sequência contém pistas sobre a distância e velocidade do satélite.
Se um receptor terrestre tiver conhecimento sobre os movimentos dos equipamentos – informação que a SpaceX compartilha online para reduzir o risco de colisões orbitais –, ele pode usar a regularidade das sequências para descobrir de qual satélite eles vieram e calcular a distância até esse satélite.
Ao repetir esse processo para vários satélites, o receptor pode se localizar com uma precisão de 30 metros. E, se a SpaceX decidisse cooperar incluindo dados adicionais sobre a posição exata de cada satélite em seus downlinks, essa precisão poderia melhorar para menos de um metro, tornando-a competitiva com o GPS.
A pesquisa está sendo financiada pelo Exército dos EUA, que está buscando um backup para seu sistema GPS, considerado vulnerável.