Processo antitruste alega que a Google paga quantias enormes para manter o domínio dos mecanismos de busca
Na última quinta-feira, o Departamento de Justiça dos EUA alegou que a Google paga bilhões de dólares todos os anos à Apple, Samsung Electronics e outros gigantes de telecomunicações para garantir que seu mecanismo de busca esteja definido como padrão e venha pré-instalado em novos dispositivos - o que ajuda a empresa a manter-se, ilegalmente, como o mecanismo de busca número 1.
Esses contratos formam a base do processo histórico do DOJ, que alega que a empresa tentou manter seu monopólio de busca online violando as leis antitruste.
Um julgamento não deve começar formalmente até o ano que vem, mas a audiência da quinta-feira foi a primeira substantiva no caso.
Em defesa da empresa, o advogado da Google, John Schmidtlein, disse que o DOJ e os estados não entendem o mercado e se concentram muito estreitamente em rivais de mecanismos de busca menores, como Bing e DuckDuckGo.
Em vez disso, disse ele, a Google enfrenta a concorrência de dezenas de outras empresas - incluindo o TikTok (da ByteDance), Meta, Amazon, Grubhub e outros sites onde os consumidores buscam por informações.
Os advogados de ambas as partes concordaram que ter dados atualizados sobre as consultas de pesquisa do usuário é a chave para o sucesso desse tipo de operação. E, ao controlar o navegador mais utilizado (Chrome) e o segundo sistema operacional mobile mais popular (Android), a Google impede que os rivais ganhem a escala necessária para desafiá-la.