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Governos do mundo todo decidem suspender prática de adicionar “segundos bissextos” para manter relógios oficiais sincronizados com a rotação da Terra

Desde 1972, sempre o tempo astronômico (UT1) e o tempo universal coordenado (UTC) – baseado no funcionamento constante de relógios atômicos – se afastam em mais de 0,9 segundos, um segundo bissexto é adicionado. Porém, a partir de 2035, essa prática será descontinuada.

A decisão foi tomada na Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) e representa um avanço para pesquisadores que trabalham com tempo e frequência.

Por dependerem da rotação da Terra, segundos bissextos não são previsíveis e podem interromper sistemas baseados em cronometragem precisa.

Cada organização lida com isso de maneira diferente. O Google, por exemplo, espalha o segundo extra nas 24 horas por volta da meia-noite UTC. Isso cria uma ambiguidade entre as fontes de tempo de até meio segundo, o que é preocupante. Além do Google, a Meta também está entre as empresas de tecnologia que apoiam a decisão.

O limite máximo do quanto os dois sistemas poderão ficar dessincronizados, se houver, será discutido com organizações internacionais e decidido até 2026.

A CGPM chegou a propor que nenhum segundo bissexto seja adicionado por pelo menos um século, permitindo que UT1 e UTC fiquem fora de sincronia em cerca de 1 minuto.

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