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Filosofia da Transformação ágil (Uma breve analogia entre a Alegoria da Caverna de Platão e o Mundo ágil atual)

Como Trabalho atualmente com agilidade e sempre compartilho textos que escrevo nesse site, resolvi lendo sobre Platão e observando meu ambiente de trabalho atual, fazer uma analogia entre Filosofia e a agilidade do mercado de trabalho.

Acredito que o processo de transformação ágil tem seu sucesso 100% associado a fatores humanos, por esse motivo a Alegoria da Caverna de Platão é uma parábola perfeita para conectar os fatores humanos aos processos de mudança desencadeados atualmente pelas empresas.

A famosa “Transformação Ágil”.

A história retrata pessoas acorrentadas, sem poderem mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, sem poder ver uns aos outros ou a si próprios.

Atrás dos prisioneiros há uma fogueira, separada deles por uma parede baixa, por detrás da qual passam pessoas carregando objetos que representam “homens e outras coisas viventes”.

As pessoas caminham por detrás da parede de modo que os seus corpos não projetam sombras, mas sim os objetos que carregam. Os prisioneiros não podem ver o que se passa atrás deles e veem apenas as sombras que são projetadas na parede em frente a eles.

Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser deles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.

Imagine que um dos prisioneiros seja libertado e forçado a olhar o fogo e os objetos que faziam as sombras (uma nova realidade, um conhecimento novo). A luz iria ferir os seus olhos e ele não poderia ver bem.
Se lhe disserem que era real e que as imagens que anteriormente via não o eram, ele não acreditaria. Na sua confusão, o prisioneiro tentaria voltar para a caverna, para aquilo a que estava acostumado e podia ver.

Caso ele decidisse voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, os seus olhos, agora acostumados à luz, ficariam cegos devido à escuridão, assim como tinham ficado cegos com a luz. Os outros prisioneiros, ao ver isto, concluiriam que sair da caverna tinha causado graves danos ao companheiro e, por isso, não deveriam sair dali nunca. Se o pudessem fazer, matariam quem tentasse tirá-los da caverna.

Platão buscava mostrar como o ser humano pode se libertar da condição de escuridão através da luz da verdade do conhecimento.

Mas qual a conexão desta parábola com Transformação Ágil nos ambientes corporativos?

Exatamente tudo! E nunca esteve tão atual.

Para demonstrar este vínculo, primeiramente é preciso entender que ainda vivemos num modelo organizacional baseado fortemente na cultura de Gestão 2.0.

Nesse modelo, as empresas ainda carregam em seu DNA estruturas baseadas fortemente na hierarquização e comando e controle. O que dificulta a autonomia, criatividade, aprendizado e inovação.

É importante também transcender nosso entendimento para além-fronteiras do trabalho. Com raras exceções, esta forma “tradicional” de pensar nos foi passada dentro de nossas casas, de geração a geração por nossos pais e familiares através da educação tradicional com superioridade e punições, pois este foi o modelo que aprenderam como sendo o mais eficiente.

Escolas, círculos de amizade, enfim todos os ambientes e sociedades dentro dos quais convivemos ajudaram a construir essa forma de ver o mundo.

Passamos a maior parte de nossas vidas utilizando este “modus operandi” e nosso cérebro assim aprendeu. Gerando um modelo mental (que chamamos de mindset fixo) que temos como verdade, mas que já não é eficiente para o contexto atual, pois nos deparamos com um mundo VUCA

Acontece, que no meio do caminho também descobrimos uma nova forma de realizar nossas atividades e vivenciar experiências chamada AGILIDADE.

Este conceito nos mostra que é de fato possível sobreviver neste mundo novo, entregar produtos incríveis, em menor tempo e gastando ⅓ em média do valor previsto. E o melhor, essa “tal Agilidade” permite errar para posteriormente aprender com os erros e desta forma evoluir constantemente.

Com essa nova forma de trabalho conseguimos explorar a criatividade, melhorar o relacionamento com os times utilizando métodos de comunicação mais eficientes e assertivos. Conseguimos de fato ser colaborativos.

Tudo isso seria maravilhoso, se não esquecêssemos de que nosso cérebro ainda está atrelado à nossa cultura tradicional e estamos inseridos em ambientes 2.0. Obviamente, este paradigma não é simples de ser quebrado.

Quando não conseguimos nos adaptar de forma imediata, o que é perfeitamente natural, culpamos essa tal Agilidade, dizendo que ela não funciona e veio somente para pregar utopia.

Agimos tal qual os homens acorrentados da Alegoria da Caverna de Platão, refutando a mudança que nos trará desconforto e instabilidade.

A Agilidade é antes de tudo comportamento e sendo assim o exemplo é o melhor caminho para a transformação.

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