História excelente, e baseada em fatos reais: o cliente, suas dores e um caminhão de oportunidades para desenvolvimento.
Trabalho com desenvolvimento de software já fazem 25 anos, e uma coisa que não muda, nem com movimento ágil, nem com DDD, nem nada que surgiu recentemente, é o fato da cabeça do programador só girar em volta de tecnologia e nunca na solução eficaz do problema do tal "especialista do negócio".
Quantas vezes fui a cliente para fazer levantamento de requisito, e enquanto o cliente explicava seu problema, só passava na minha cabeça: caso-de-uso, MER, bounded-context, etc., mas nunca: "como ele faz isso no papel e como poderia automatizar isso para que ele seja mais eficiente e eficaz?".
Hoje mesmo estava conversando com um amigo, dizendo que a grande maioria dos desenvolvedores que conheço, inclusive eu durante muito tempo, está mais preocupado em "mostrar sua arte" baseado em arquitetura e design do que simplesmente entender o problema do cliente e como seria mais fácil resolvê-lo com software. Enqunto muitos sonham em trabalhar numa FAANG ou num unicórnio da moda, existe um mundo de empresários que precisam de um software pra resolver seus problemas específicos: barbeiros, manicures, petshops, lojinhas de varejo, pequenos sites de e-commerce, etc. E o que se encontra nas prateleiras, no final das contas são grids, cruds genéricos que prometem resolver qualquer problema de forma generalista, e na verdade burocratizam e não resolvem nada.
Tenho pensado e trabalhado muito para desenvolver soluções pontuais para alguns ramos específicos, mas é complicado trabalhar sozinho, já que, outro problema que encontro entre meus colegas desenvolvedores, ninguém quer empreender: "prefiro trabalhar pra alguma gringa, ganhar em euro, do que ficar queimando pestana com cliente".
Enfim, tem dinheiro pra se pegar com pá, aqui mesmo no mercado nacional, empreendendo. Porém, pegar dinheiro com pá dá trabalho, mas com certeza é recompensador.
Obrigado pelo relato, ele me dá mais gás para continuar persistindo.
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