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“Fanzine Tecnológico”! Criei um livro em formato de notebook sobre lendas brasileiras 📕💻

Como não resisto em sempre trazer algum toque de tecnologia em qualquer área da minha vida, não foi diferente em um trabalho de Literatura e Língua Portuguesa III, na qual criamos um fanzine em formato de notebook.

Eu e meu namorado, também meu colega, tivemos uma ideia para um projeto sobre lendas brasileiras, na qual o objetivo é elaborar um fanzine com essa temática. Como somos de uma turma de informática, o que não é mais adequado do que apresentar um trabalho que possuí relação com a nossa área?

E foi exatamente isso ocorreu, e quero compartilhar com vocês esse projeto para ver o que vocês acham. Deixei uma pasta no Drive para verem as fotos e vídeos do fanzine, além de uma apresentação de slides sobre o trabalho, que vocês podem visualizar enquanto leem esse post. Também deixei o link do Figma para visualizarem o Design UI do blog (blog? já explicarei tudo!).

Sem mais enrolação, vamos ver como foi feito esse projeto

Introdução

Primeiramente, o que é um Fanzine?

A palavra “fanzine” vem da expressão em inglês fanatic magazine, que significa, em português, revista de fãs. Na prática, significa que uma fanzine é uma publicação independente, não oficial e “não profissional” com uma produção textual envolvida, produzida por aqueles que desejam uma obra mais autêntica/particular, com um grande foco na parte gráfica, que é onde esses fanzines costumam destacar-se. Ou seja, na criatividade.

O uso do fanzine é como se fosse uma linguagem/ferramenta para um texto, com grande incentivo para a liberdade criativa e de expressão. Invés de ficar preso a formatação das editoras, o produtor independente poderá modelar sua fanzine do jeito que quiser.

Normalmente, o termo fanzine é atribuído a livros, pois é o formato mais popular. Entretanto, a ideia é expor uma produção textual em um formato totalmente inusitado, fazendo-nos questionar o porquê de uma história ter que ser contada sempre da mesma forma, com uma capa e páginas uma atrás da outra.

A fanzine vem para desafiar a pessoa a contar uma história de forma única, impressionando os leitores com sua singularidade.

Qual meu objetivo aqui?

Então, o que irei fazer é apresentar o resultado do trabalho de LPL III sobre a criação de um fanzine com a temática das lendas brasileiras; toda jornada de organização das ideias, escolha do formato, dos textos, o visual, entre outras etapas do processo de criação dessa fanzine.

Escolha das lendas

As lendas escolhidas foram a "Princesa de Bambuluá" e "Onça-boi". Ambas as lendas foram retiradas do livro “Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro”, que a professora de LPL III recomendou.

A Onça-Boi foi escolhida pois é muito interessante a ideia de uma lenda que vem em par, um casal de criaturas que caça em conjunto, e que esse fator desempenha um fator chave no mito.

Já a Princesa de Bambuluá chamou minha atenção primeiramente pelo belo visual da personagem, e ao ler sua história, é adorável sua excentricidade e surpresas que possui, sem medo de abusar do fantasioso, além de impressionar com a coragem do protagonista da história.

Escolha do formato

Primeiramente, eu e meu parceiro decidimos um gênero textual. Como somos engajados na tecnologia, não tiravamos a ideia da cabeça de criar um blog. Deste modo, poderíamos contar ambas as lendas com a ideia de um site que contassem as lendas brasileiras e suas particularidades.

O grande desafio seria expor esse blog em um formato de “livro” que fizesse sentido. Portanto, conforme fomos analisando as possíveis ideias, pensamos: “Se exibirmos o blog em forma de notebook?”.

Então, a ideia de um fanzine tecnológico em formato de notebook, contendo um blog contando as histórias das lendas brasileiras, nasceu. Deste modo, precisávamos elaborar os textos e o design do blog, os materiais e como seria confeccionado.

Textos do blog

Em relação ao texto, decidimos separá-lo em tópicos, para podermos assim personalizar ainda mais nosso blog.

Neles, falamos sobre o nosso fictício “Blog Lendas do Brasil”, contamos características e a história do Folclore Brasileiro, sobre o livro “Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro”, e é claro, sobre as nossas lendas escolhidas, Onça-Boi e Princesa de Bambuluá.

Design do blog

Na parte do Design UI do blog, que ficou mais da minha responsabilidade, eu tinha os seguintes passos: seguir minha metodologia UI, escolher uma paleta de cores e construir o layout no Figma a partir dos passos anteriores.

Já esclarecendo, não sou nenhuma profissional de Design UI. Mesmo assim, me arrisco a criar designs de telas de sites e aplicativos. Para isso, elaborei minha própria metodologia para poder criar esses layouts de modo mais consistente, que é constituída pelas seguintes etapas:

  1. Conteúdo, saber quais textos serão posicionados
  2. Formas e textos, para saber a localização dos componentes
  3. Símbolos menores, como ícones
  4. Cores (paleta de cores)
  5. Imagens
  6. Símbolos grandes, como sombras, objetos, formas, desenhos, etc
  7. Correções

Extras:

  1. Buscar inspiração, em locais como Behance e Dribbble

A paleta de cores eu me baseei no livro em que escolhemos as lendas “Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro”. Criei a paleta no Adobe Color, para conseguir manusear melhor essas cores.

Ao todo, essa parte de Design UI durou quase 2 horas.

Materiais utilizados

Utilizamos os seguintes materiais para confecção do fanzine:

  • Papelão
  • Papel Contact Preto
  • Tinta guache
  • Papel sulfite
  • Pincéis
  • Palito
  • Tesoura
  • Fita adesiva
  • Imã
  • Cola quente
  • Cola branca
  • Impressora
  • Faca

O fanzine em si

Falando resumidamente, o primeiro passo foi imprimir o design da tela do blog, que deu diversas folhas. Após isso, colei as folhas entre si em forma de dobradura, de modo que a tela de loading ficasse na frente.

O segundo passo foi recortar o papelão em formato de notebook, com auxílio de tesoura e faca (mais fácil de cortar) e cobri com papel contact preto, menos na parte que ficaria o design e o teclado. Na tela, fiz outro recorte de papelão para colar por cima, para ser a moldura, e colando com cola branca o layout do blog dentro.

No papel sulfite, fiz alguns rascunhos das teclas e como ficaria os tamanhos. No papelão, pintei com palito de madeira com tinta guache vermelha os símbolos das teclas. E, sim, cada uma delas feita à mão…

Por fim, colei as teclas, as figuras imprimidas dos personagens e os imãs, que serviam para fechar o fanzine.

Pronto! Estava finalizado. O fanzine que tínhamos agora era um livro em formato de notebook com figuras de personagens de lendas brasileiras que, ao abrir, havia um teclado desenhado à mão e uma imagem da tela de loading, que podia ser aberta para ver o restante do blog.

Considerações finais

Graças a esta atividade, aprendi, claro, sobre o folclore brasileiro, destacando duas de suas lendas, mas principalmente, sobre ultrapassar os limites da criatividade.

Mesmo não alcançando o que prentendia inicialmente, que era programar um site contendo o blog de lendas, que teria um QR code no fanzine para linkar a este site, ainda assim, pudemos perceber como duas lendas, tão antigas, poderiam ser contadas de um jeito tão tecnológico, por um blog, e, ao mesmo tempo tão artesanal, com um notebook feito a mão.

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Muito obrigada! A ideia era essa mesmo: misturar o místico, com as lendas que, por si só, já são algo fora do comum, bem fantasioso e mágico, com a nossa área. A estética dos desenhos também contribui muito para essa "vibe" enfeitiçadora que, em conjunto com essa tecnologia, resultou nesse visual único e até excêntrico.

Até tive outras ideias semelhantes, como um celular (com a mesma dobradura de papel do blog na tela), ou até um tablet, para haver mais espaço para o site. Mas, tive essas ideias no meio do processo do fanzine do notebook... E até seria mais fácil, mas sem problemas! O notebook dá uma característica exclusiva de "abrir", que remete a um livro.

De qualquer maneira, obrigada pela contribuição. Eu acho muito interessante quando fazemos essa mesclagem de áreas, fica algo único e inovador.

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Sim! Eu fiquei impressionada com a quantidade de lendas brasileiras que existem.

No livro Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro, há 141 personagens de lendas, e é claro, não estão todos.

É interessante de se analisar que as lendas de nosso país não são só Saci, Curupira, Mula Sem Cabeça, entre outras historias mais conhecidas. Quer dizer, quem conhece, por exemplo, a lenda da Dama de Branco ou Mapinguari?

Vejo que as pessoas estão meias enjoadas que, quando o assunto são lendas brasileiras, sempre vem as mesmas histórias. Elas poderiam estar usufruindo de outras diversos contos que bem interessantes, mas, com a falta de conhecimento, isso não ocorre.

Isso gera uma desvalorização da nossa cultura. Como você disse, essa falta de conhecimento faz com que até não sabemos quais lendas são as nossas, o que é uma pena.

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Interessante que haja um jogo sobre as lendas brasileiras, uma pena que tenha sido descontinuado, embora nunca tive conhecimento de tal jogo.

A Dama de Branco tem outros nomes, como Dama de Vermelho. Resumidamente, é uma daquelas típicas histórias de uma atraente jovem que fascina os rapazes nas festas, mas esses homens, no fim, descobrem que ela está morta.

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Tem um jogo chamado "LENDAS" que também retrata o nosso folclore. Tem os mais conhecidos como Saci e Mula sem cabeça e alguns que nunca tinha ouvido falar como o Gorjala e a Charia entre outros