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A dificuldade de empreender no Brasil como programador

Os desafios que eu encontrei ao empreender

Desafio #1 (Criar algo para o cliente)

No código, o programador quer aplicar inúmeras abstrações como Clean Code, Design Pattern, SCRUM, CI/CD, etc. Mas o cliente quer algo para resolver o problema e ele não tem em mente o que ele quer tecnicamente, isto é, ele quer a solução mais barata e simples.

O foco dele se for um lojista é ter um site de E-Commerce e não importa se é em Javascript ou qualquer tecnologia ou linguagem do momento. Como programador temos que fazer o que é pedido resolver o problema e vender a ideia inicial. Ao chegamos a encontrar esse algo para o cliente, surge o segundo desafio.

Desafio #2 (Vender o que resolve o problema)

Temos o papel como programador ao empreender de saber as dores do cliente e fazer algo que solucione o problema para ele. Até mesmo com soluções pronta de No-code, Low-code, API abertas, etc. Porque não temos que reinventar a roda, mas usá-la para nossa ferramenta que estamos dispostos a vender.

Porém, vejo que o maior erro é vender com jargões técnicos da área como algo impressionante. À medida que erramos em vender achando que nosso cliente é um programador, mais afasta a decição de compra e aceitação da ferramenta proposta a não ser que o foco é enganar o cliente.

Resumo

Não escrevi muito para me alongar, mas noto que a dificuldade que eu tive não deve ser a mesma para todos. Isso são algumas que eu notei a qual mais eu me deparei ao tentar empreender e vende algo para um cliente.

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A algum tempo um amigo lançou uma ideia de desenvolver um sistema de atendimento em saúde mental, tipo o CVV ( escuta e prenvenção do suicídio). Ele fez uma pesquisa de mercado para saber se aquele possível MVP tinha apoio popular para existir. Não ouvi mais falar sobre a ideia. Parece que nao seria rentável. Uma pena.

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A questão mais complexa é ver se tem rentabilidade no projeto proposto. Eu fico cansado de imaginar propor algo para o cliente e sempre cair no custo de manter e subir a aplicação.

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Hoje este é um desafio não só para nós (desenvolvedores), o próprio mercado de info-produtos tem dificuldade de emplacar uma ideia, queimam muito capital durante anos antes mesmo de ver 1 real de lucro.

Empreender é muito mais amplo que o nosso universo, é mais sobre persuasão e venda do que pensar no produto em si.

Minha sugestão, caso queira mesmo empreender para toda vida, tente algo "pequeno", que não tenha relação direta com desenvolvimento, algo que consiga executar um plano para 1 ano de dedicação. Se conseguir pagar o investimento em menos de 1 ano, vc já vai descobrir onde serão os pontos de sucesso e falha, trabalhar seu marketing pessoal, fazer conexões com pessoas... Depois disso vai à parte do software, para automatizar e escalar processos.

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Concordo, empreender como programador é mais sobbre a venda e o que vender para quem vender do que vendem de criar uma tech startup que será a próxima Netflix, Uber, Spotify, etc. A execução é muito mais difícil porque é dinheiro em jogo a cada dia de infraestrutura liagada com sua aplicação rodando e precisando de clientes para acessar.

Aprendi muito sobre a questão de achar o produto no local que você tem domínio e já está inserido, por exemplo, área de educação com gestores, avaliadores, técnicos e professores para criar algo que agrege valor para haver a venda do seu serviço, aplicativo, software, etc.

Estou todos os dias tentando criar porque é necessário experiência, portifólio, networking e visão de opotunidade.

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Acredito que seus dois principais pontos são de fato as maiores dificuldades, pois esbarram em 2 habilidades que (geralmente) os programadores não têm:
Saber vender e ter uma escuta ativa.

E a percepção que tenho é que falta interesse por parte da comunidade sobre esses assuntos, vejo programadores em diversos grupos (inclusive de empreendedores), discutindo arduamente questões técnicas e deixando de lado tópicos que inspiram ou agregam essas 2 habilidades.

Acredito que quem não gosta de vendas e desenvolver uma relação com o cliente, não serve para empreender, mesmo que tenha um sócio que goste.

Por fim, se você já identificou a importância dessas questões e está correndo atrás, provavelmente esteja no caminho certo e a frente da grande maioria que tenta lançar algo.

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Obrigado pelo seu feedback. Eu gosto muito de trocar a experiência com as pessoas da minhas áre, mas também fora dela para ter a capacidade de enchar esses desafios que eu encontrei quando comecei a empreender.

Eu notei que não é como você programa que vai definir o quão vendável será seu produto, pois muito difícil é a relação da venda, como tratar com o cliente sobre o produto, saber diminuir custo da entrega sem comprometer o resultado do que foi proposto, falar a viabilidade técnica, etc.

Eu já trabalhei com um programador que não negava o que o cliente pedia e no fim a entrega do produto tinha tudo, mas mal feito e não funcionava. Porém, tudo visualmente funcionava. Mas os custo de manter a aplicação na nuvem era inviável com os custos porque não havia cache, não era necessário um certas consultas de dados no banco, não existia um backup, e no fim dinheiro e a reputação da pessoa foi jogada no lixo. Tudo por não falar de forma franca com o cliente e explicar até onde poderiamos ir com o projeto.

Ultimamente, quero muito aprender contribuindo com Open Source e Freelas que eu possa pegar, porém vejo o mercado muito em baixa.

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Discordo quando fala em Brasil. Os pontos que você abordou são validos para qualquer parte do mundo, em maior ou menor peso, mas são.

Nós como programadores queremos nos satisfazer, fazer um codigo bonito, usar tecnologias novas que sonhamos em usar um dia.

Mas nós como empresários, precisamos entender que tempo é dinheiro, e entender o que nosso cliente quer.

A sua capacidade de vender e mostrar seu diferencial é que vai te permitir ir no sonho de desenvolver como o você programador quer, e ao mesmo tempo saber dizer não para si mesmo.