Uso de redes sociais está ligado a mudanças no desenvolvimento cerebral de adolescentes, revela pesquisa

Ao longo de três anos, neurocientistas da Universidade da Carolina do Norte realizaram sucessivas varreduras cerebrais em alunos do ensino médio, entre 12 e 15 anos, e descobriram que crianças mais engajadas em redes sociais apresentavam uma trajetória de desenvolvimento cerebral distinta, com a sensibilidade a recompensas sociais aumentando com o tempo.

Adolescentes que verificavam seus feeds com menos frequência, por outro lado, mostraram uma queda no interesse por essas recompensas.

O estudo é um dos primeiros a tentar capturar mudanças na função cerebral correlacionadas ao uso de redes sociais ao longo dos anos, mas tem suas limitações.

Para Jeff Hancock, diretor-fundador do Stanford Social Media Lab, que não esteve envolvido na pesquisa, muitas variáveis podem contribuir com esse quadro.

“[Os pesquisadores] estão mostrando que a maneira como você usa [redes sociais] em um ponto da sua vida influencia a maneira como seu cérebro se desenvolve, mas não sabemos o quanto, ou se é bom ou ruim”, disse.